O volume de vendas no comércio varejista do Brasil caiu 0,2% em maio, na comparação com abril, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o segundo mês seguido de recuo no setor, que já havia registrado queda de 0,4% em abril.
Segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), Cristiano Santos, o desempenho negativo é explicado, em parte, pelo efeito base. Em março, o indicador havia alcançado o maior patamar da série histórica iniciada em 2000. “Trata-se de uma retração após uma alta expressiva, o que é comum nesses contextos, além da influência do recuo do crédito à pessoa física”, afirmou.
Atividades em alta e em queda
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram desempenho positivo em maio: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), móveis e eletrodomésticos (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
As quedas ficaram por conta de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
Resultados anuais seguem positivos
Na comparação com maio de 2024, o comércio varejista cresceu 2,1%, com altas em seis dos oito segmentos. No acumulado do ano, o setor registra avanço de 2,2%, e nos últimos 12 meses, alta de 3,0%.
Já o comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, material de construção e o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou crescimento de 0,3% em maio. O segmento de veículos e motos avançou 1,5%, enquanto o material de construção ficou estável.
Apesar da queda nos últimos dois meses, os dados de maio mantêm o setor em trajetória positiva no longo prazo, sustentada pela recuperação de segmentos específicos e pelo consumo das famílias.