A economia brasileira encolheu 0,7% em maio, segundo dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central. O indicador, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostra desaceleração na margem, após dois meses de resultados positivos.
Apesar da queda no mês, o desempenho acumulado em 2025 permanece robusto. De janeiro a maio, a atividade econômica cresceu 3,4%. No trimestre encerrado em maio (março a maio), o avanço foi de 1,7%. Já no acumulado dos 12 meses até maio, o crescimento é de 4%.
O resultado mensal negativo de maio, segundo analistas, pode estar ligado a uma acomodação após os fortes desempenhos de março e abril, cujos índices foram revisados para cima: 113,6 e 111,9 pontos, respectivamente.
Setores
Os setores que mais contribuíram para o crescimento acumulado são agropecuária, com alta de 2%, e a indústria, que soma avanço de 1,5% no trimestre móvel encerrado em maio. O setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, ainda não teve os dados desagregados divulgados, mas tende a manter influência significativa no resultado consolidado.
O IBC-Br é um dos principais termômetros utilizados pelo Banco Central para avaliar o desempenho da economia e embasar decisões sobre a taxa básica de juros (Selic). Os dados reforçam a percepção de que, apesar das incertezas no cenário global, a economia brasileira mantém ritmo firme de crescimento em 2025.