A prévia da inflação oficial brasileira avançou 0,33% em julho, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE. O resultado veio após uma alta de 0,26% em junho e foi influenciado principalmente pelos aumentos no grupo Habitação, com destaque para a energia elétrica residencial.
No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPCA-15 soma 3,40%. Em 12 meses, chegou a 5,30%, ligeiramente acima dos 5,27% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2024, o índice havia sido de 0,30%.
Habitação e Transportes lideram altas
O grupo Habitação teve alta de 0,98% e representou o maior impacto individual no índice (0,15 ponto percentual). O subitem energia elétrica subiu 3,01%, com destaque para reajustes em Belo Horizonte (3,89%), Porto Alegre (5,07%), Curitiba (3,33%) e São Paulo (6,10%). Apenas no Rio de Janeiro houve queda, de 0,44%, reflexo da redução de tarifas em uma concessionária local.
Também no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,25%, com aumento de 5,22% em Brasília e 0,12% em Curitiba.
Em Transportes, a variação foi de 0,67%, influenciada pela disparada das passagens aéreas (19,86%) e do transporte por aplicativo (14,55%). Já os combustíveis recuaram 0,57%, com queda nos preços do gás veicular, diesel, etanol e gasolina.
A tarifa de transporte coletivo caiu em algumas capitais, impactada por medidas de gratuidade ou desconto em domingos e feriados em Brasília, Belém e Curitiba.
Outros grupos e alimentos em queda
O grupo Despesas Pessoais subiu 0,25%, puxado pelos jogos de azar, que tiveram aumento de 3,34%. Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,21%), os planos de saúde subiram 0,35% após reajustes autorizados pela ANS.
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas recuou 0,06%, com queda nos preços da batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). A alimentação no domicílio caiu 0,40%, enquanto fora de casa houve alta de 0,84%, com destaque para lanches e refeições.
Índices regionais
Belo Horizonte registrou a maior inflação entre as regiões pesquisadas, com alta de 0,61%, impactada por aumentos na gasolina e na energia elétrica. Goiânia teve o menor índice, com deflação de 0,05%, influenciada pela queda no preço dos combustíveis.
O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial do país, calculada com base em dados coletados entre os dias 13 do mês anterior e 12 do mês de referência.