Foi sepultado no cemitério de Vila Campos, na tarde de sábado, 11/10, o corpo de José Freire Sobrinho, o popular Zé Freire. Ele contava 88 anos e teve morte natural no começo da noite de sexta-feira. Grande número de amigos presenciou o velório durante a noite, na casa em que ele morava, no distrito de Esperança. Na tarde seguinte, o corpo foi velado também na capela em frente ao cemitério de Vila Campos.
Sertanejo de fibra, agricultor e pequeno criador, Zé Freire notabilizou-se no gracejo popular por sua originalidade e capacidade de criar histórias, anedotas e contar causos relacionados à sua própria vida.
Tornou-se conhecido também como profeta das chuvas, curandeiro, repentista, comboieiro e famoso mochador de boi em fazendas do Ceará, Maranhão, Pará e Goiás. Ganhou a vida também como proprietário de carro de horário, durante os anos de 1990.
Suas anedotas e causos estão amplamente registrados em folhetos de cordel, jornais e livros, a exemplo do livro O baú da gaiatice, de Arievaldo Viana. Zé Freire também se destacou em programas de rádio, sendo entrevistado com frequência. Com o surgimento da internet, suas histórias bem-humoradas alcançaram mais repercussão em sites e redes sociais, onde também repercutiu a notícia de sua morte, gerando dezenas de comentários de solidariedade.
“Meu pai foi um grande homem, muito trabalhador. Criou vários filhos à custa do seu suor e com muito amor. Era amigo da paz, sabia conquistar as pessoas e era também muito prestativo, auxiliando a quem dele precisasse. Tenho o maior orgulho de ser sua filha”, afirmou a advogada Evanusa Freire. Além dela, Zé Freire deixa mais 11 filhos de três relacionamentos.
Leia a crônica: VISITA A ZÉ FREIRE