O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, um avanço de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 3,5%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 14,6% no período.
A melhora no resultado foi puxada pelo crescimento da receita, que somou R$ 34 bilhões, alta de 15,1% na comparação anual. A margem financeira atingiu R$ 18 bilhões, com destaque para a margem com clientes, que avançou 16,4% em um ano e totalizou R$ 17,8 bilhões.
A carteira de crédito expandida cresceu 11,7% em 12 meses e 1,3% frente ao trimestre anterior, totalizando R$ 1,018 trilhão. O índice de inadimplência (acima de 90 dias) permaneceu estável em 4,1%, mesmo patamar de março.
O banco destacou ainda a redução de R$ 1,5 bilhão na carteira reestruturada em relação ao trimestre anterior e de R$ 7,8 bilhões na comparação anual. O custo do crédito subiu para 3,2%, dentro do esperado com o avanço do crédito massificado.
As receitas de prestação de serviços cresceram 10,6% em um ano, enquanto o resultado com seguros, previdência e capitalização avançou 21,7%, alcançando R$ 5,7 bilhões. O lucro líquido da seguradora foi de R$ 2,3 bilhões, com ROAE de 21,4%.
Segundo o banco, o desempenho reflete o avanço do plano de transformação e ganhos de eficiência operacional. As despesas operacionais cresceram 9,9% na base anual, mas os gastos com pessoal e administrativos aumentaram 4,9%, abaixo da inflação do período.
O Bradesco também destinou R$ 3,6 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas no segundo trimestre. A instituição revisou positivamente projeções para 2025 nas linhas de receitas de serviços e desempenho do segmento de seguros.