A taxa de desocupação do país ficou em 5,8% no 2º trimestre de 2025, a menor da série histórica da PNAD Contínua iniciada em 2012. Na comparação com o 1º trimestre, a taxa recuou em 18 das 27 unidades da federação e ficou estável nas demais, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE.
Santa Catarina registrou a menor taxa do país, 2,2%, seguida por Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%). As maiores ficaram com Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%). Para o analista William Kratochwill, o mercado de trabalho segue “aquecido e resiliente”, com absorção de trabalhadores inclusive entre os que tinham mais dificuldade para conseguir ocupação.
A desocupação foi de 4,8% entre homens e 6,9% entre mulheres. Por cor ou raça, ficou em 4,8% para brancos, 7,0% para pretos e 6,4% para pardos. Entre quem tem ensino médio incompleto, a taxa chegou a 9,4%; no superior incompleto, 5,9%; e no superior completo, 3,2%.
A informalidade atingiu 37,8% dos ocupados. As maiores taxas foram observadas no Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%); as menores, em Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%). Entre os empregados do setor privado, 74,2% tinham carteira assinada, com destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%); os menores percentuais ficaram com Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%). O trabalho por conta própria representou 25,2% dos ocupados, com picos em Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%).
O rendimento médio real chegou a R$ 3.477, acima do 1º trimestre (R$ 3.440) e do 2º trimestre de 2024 (R$ 3.367). O Sudeste foi a única região com alta estatisticamente significativa ante o trimestre anterior, a R$ 3.914, e também avançou na comparação anual; a região Sul alcançou R$ 3.880. A massa de rendimento habitual somou R$ 351,2 bilhões, com altas de 2,9% frente ao 1º trimestre e de 5,9% em 12 meses.
O IBGE informou ainda que todas as faixas de tempo de procura por trabalho reduziram o número de desocupados na comparação anual, com 1,3 milhão de pessoas buscando vaga há dois anos ou mais, queda de 23,6% frente ao 2º trimestre de 2024. Os resultados incorporam a reponderação da série da PNAD Contínua com base nas projeções populacionais atualizadas pelo Censo 2022.