O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo FGV IBRE, registrou alta de 0,7 ponto em setembro, alcançando 92,3 pontos. O resultado interrompe dois meses consecutivos de queda, embora, na média móvel trimestral, o índice tenha apresentado retração de 0,6 ponto.
Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, os empresários do setor se mostraram mais pessimistas ao longo do terceiro trimestre, mas a expectativa de melhora da demanda nos próximos meses reduziu a intenção de demitir trabalhadores. Para ela, esse movimento sugere que, mesmo diante das incertezas, a percepção predominante é de que a atividade continuará a crescer, ainda que em ritmo mais moderado.
O avanço registrado em setembro foi impulsionado exclusivamente pelas expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,5 ponto, atingindo 92,9 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 0,2 ponto, para 91,9 pontos, o menor patamar desde fevereiro de 2022. No detalhamento, o indicador sobre a situação atual dos negócios avançou 1,0 ponto, para 91,9, mas o volume de carteira de contratos caiu 1,5 ponto, ficando em 91,8. Já a demanda prevista nos próximos três meses cresceu 1,2 ponto, alcançando 94,0, e a tendência dos negócios para os próximos seis meses avançou 1,8 ponto, chegando a 91,7.
O levantamento também mostrou melhora no Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção, que cresceu 0,6 ponto percentual, para 78,8%. Dentro desse indicador, o NUCI de Mão de Obra aumentou 0,8 ponto percentual, alcançando 80,4%, enquanto o de Máquinas e Equipamentos avançou 0,4 ponto, para 73,7%.